O comércio exterior do agronegócio brasileiro registrou, em fevereiro, saldo positivo de US$ 9,3 bilhões de dólares na balança comercial. O volume é resultado das exportações do setor, que tiveram alta de 64,5% no mês em relação a igual período de 2021 e atingiram mais de US$ 10 bilhões de dólares. Houve contribuição também das importações, que atingiram US$ 1,2 bilhão de dólares, um avanço de 2% na comparação fevereiro 2021/2022.
Já na balança comercial com produtos de todos os setores, os resultados indicam superávit de US$ 4 milhões de dólares.
De acordo com os dados que foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a forte elevação dos preços internacionais das principais commodities da pauta de vendas externas do Brasil, como a soja e o milho, explica, em parte, a alta do valor das exportações de fevereiro.
No caso da carne bovina a previsão é de os preços se manterem elevados diante do cenário de aumento internacional e da demanda aquecida.
Em sentido diferente, a exportação de carne suína sofreu impacto da queda nos preços, causada pela redução das importações da China, país em que este rebanho tem apresentado recomposição. No mês analisado, houve redução de 48% nas entregas do produto brasileiro para a China na comparação com 2021. Já o café, depois de recuos mensais contínuos entre julho de 2021 e janeiro de 2022, teve crescimento nas quantidades exportadas, cenário que ajudou a conter o viés de valorização dos preços, iniciado no fim do ano passado e mais impactado agora com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
10 dos 15 produtos acompanhados pelo grupo de conjuntura do Ipea também apresentaram alta na quantidade exportada.
Em relação às importações do agronegócio, o destaque foi o trigo, principal produto da pauta, com avanço de 10,9% em quantidade e 26,5% em valor.
Edição: Vitória Elizabeth / GT Passos
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