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2022 é o ano de ouroda energia solar no Brasil

Foto do escritor: Jornalista Adriana DiasJornalista Adriana Dias

Quem ainda não tem o sistema de energia solar na fazenda está perdendo dinheiro. Esta é a máxima para o agronegócio com relação ao uso do rei Sol, que no Brasil, brilha o ano inteiro.


De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) a previsão é de que a capacidade instalada de energia solar, que vem crescendo cada vez mais no país, vai aumentar aproximadamente o dobro em 2022, em comparação com 2021.


Dentre vários fatores para esse potencial crescimento da geração distribuída, três se destacam: a disparada dos valores da conta de luz; o preço mais acessível dos sistemas fotovoltaicos; e também o novo marco legal do setor.


Em 2 de março de 2022 chegou-se a uma marca histórica atingindo os 14 gigawatts de capacidade instalada, potência igual à da Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu. Em janeiro foi sancionada a Lei 14.300, que estabelece o marco legal da Microgeração e Minigeração Distribuída.


O texto regulamenta modalidades de geração e institui os Sistema de Compensação de Energia Elétrica e o Programa de Energia Renovável Social.


Em Passos, pelo menos 20 empresas já estão atuando neste setor e centenas de fazendas já contam com pequenas, médias e grandes usinas de energia. Para o produtor rural Sebastião César Stockler Calixto, o Tatão, a energia solar foi uma solução que encontrou para diminuir os gastos com energia elétrica e otimizar o potencial da Fazenda Melo, na região das Águas, em Passos. Atualmente estão trabalhando com 1 milhão de mudas de café, e em breve serão 1,5 milhão de pés do grão.


“Desde 2020 que nós implantamos a usina de energia. Agora estamos eu e meu sobrinho Adriano Barbosa Calixto - filho do meu irmão Ricardo Wagner Stockler Calixto que faleceu ano passado-, cuidando da produção de milho, café e soja, mas nossa intenção é plantar mais hectare de café. Esta é a segunda safra que colhemos com o uso da energia solar, e como nós já começamos a abertura da indústria com 90 motores para beneficiar o café, vamos precisar de muita energia.


A ideia é gerar 360 mil kWh/ ano”, contou Tatão, acrescentando que por enquanto como não tem consumido toda a produção, está conseguindo usar para cinco casas de moradores. 2022 é o ano de ouro da energia solar no Brasil Sobre o investimento, Tatão contou que a usina de energia, com 540 placas, precisou de R$827 mil, sendo R$627 mil

financiados em 6 anos pelo Banco do Brasil e o restante com recursos próprios.


“Vou praticamente pagar este investimento com o que deixar de gastar com a energia elétrica. É, sem dúvidas, um negócio vantajoso. O único gasto é com a limpeza das placas e para isso temos funcionários que estão tendo treinamento pela empresa. Lembro aqui que a fábrica de torrefação deve ter um gasto médio de R$45 mil por mês no pico da produção, e, tendo a energia solar este valor não terá que ser gasto.


O proprietário da Sel’s, Tammy Silva Negrão, aponta a produção de energia solar como um excelente negócio.

“O produtor rural, principalmente, porque tem espaço, que não instalou o sistema de energia solar certamente já está perdendo dinheiro. Este é um negócio que o próprio consumo paga a conta do investimento. Se feito em 5 anos de financiamento, e você gastava, por exemplo, R$500, neste mesmo tempo, ou seja, em 5 anos, você já pagou o investimento feito e já estará tendo lucro. E, isso, no campo é muito vantajoso”, afirmou.


Para a gerente comercial da Wattohms Energia Solar, Camila Lima, este é um mercado que vem crescendo muito rapidamente.


“Nossa empresa está no mercado há 27 anos e tem atualmente mais de 650 usinas instaladas na região. Atuamos em 45 cidades com energia solar instalada. A usina do Sindicato Rural de Passos, do Parque de Exposições Adolpho Coelho Lemos foi instalada pela nossa empresa. Em Passos são ao todo cerca de 180 usinas”, contou.


Ainda conforme Camila, a energia é essencial para o sucesso de qualquer tipo de produção e no agronegócio isso não é diferente. “As fazendas precisam de energia para a iluminação da sede, para a eletrificação das cercas, a energia para o sistema de irrigação, o aquecimento artificial das estufas e a manutenção de granjas dependem da eletricidade para funcionar. E, lembrando que aquele que fizer a instalação até dezembro de 2022 terá o direito adquirido até 2045. Isso significa que a partir de janeiro haverá uma cobrança, tal qual um pedágio, o interessante é que os produtores façam o mais rápido possível”, salientou.

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